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Costurando Idéias
/A cultura de moda alinhavada com história, sustentabilidade e comportamento
A Holanda estampa a identidade africana
Por trás da exuberância das estampas africanas repousa uma história secular impressa na Holanda
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O colorido é orgânico. Integra a moda africana e tinge a exuberância das estampas que marcam os tecidos e contextualizam impressões identitárias em sáris e turbantes. Os desenhos que envolvem as tribos nativas invadem - também - passarelas de grifes badaladas, galerias de arte e salões de design da Europa. Por trás das referências étnicas repousa uma história surpreendente que atravessa gerações e fronteiras geográficas nas mãos da Vlisco, empresa têxtil holandesa. Desde 1846 ela imprime uma estética deslumbrante e cheia de arte que conquistou a África e passou a fazer parte do caldeirão cultural de seus povos.
O poder de sedução da Vlisco sobre o continente africano teve início em meados de 1840 com a venda de tecidos indonésios na África Ocidental. A matéria-prima exótica chegava às mãos dos alfaiates locais que criavam vestidos opulentos, com mangas bufantes e saias rabo-de-peixe. Esse consumo acabou por esboçar um design africano tradicional que a empresa têxtil holandesa soube aproveitar com uma fabricação própria. O legado que perdura até hoje reside na técnica da estamparia artesanal (Batik). Rolos de cobre gravam com cera os desenhos feitos à mão nos dois lados do tecido de algodão que na sequência é imerso em um banho de corantes. A tinta penetra nas áreas não cobertas pela cera derretida e lavagens posteriores finalizam o processo que faz cada centímetro têxtil único. Essa exclusividade é a força que incide sobre os clientes africanos que há mais de 160 anos foram conquistados pelas cores e estampas transformadas em vestimentas originais.
A cada trimestre a empresa também lança roupas e acessórios de luxo que levam a etiqueta da marca e são comercializadas em lojas sofisticadas da África. Peças do vestuário contemporâneo dividem espaço com lenços, bolsas, carteiras, sapatos, cintos e turbantes - que como os tecidos - são verdadeiras joias. Tal reflexo está na coleção "Palais des Sentimenets" que reluz o brilho das lantejoulas e cristais Swarovski iluminando florais e folhagens. Combinações inusitadas para uma natureza ímpar feita em padrões gráficos que ostentam tradição e fascina o Ocidente.
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O poder de sedução da Vlisco sobre o continente africano teve início em meados de 1840 com a venda de tecidos indonésios na África Ocidental. A matéria-prima exótica chegava às mãos dos alfaiates locais que criavam vestidos opulentos, com mangas bufantes e saias rabo-de-peixe. Esse consumo acabou por esboçar um design africano tradicional que a empresa têxtil holandesa soube aproveitar com uma fabricação própria. O legado que perdura até hoje reside na técnica da estamparia artesanal (Batik). Rolos de cobre gravam com cera os desenhos feitos à mão nos dois lados do tecido de algodão que na sequência é imerso em um banho de corantes. A tinta penetra nas áreas não cobertas pela cera derretida e lavagens posteriores finalizam o processo que faz cada centímetro têxtil único. Essa exclusividade é a força que incide sobre os clientes africanos que há mais de 160 anos foram conquistados pelas cores e estampas transformadas em vestimentas originais.
A cada trimestre a empresa também lança roupas e acessórios de luxo que levam a etiqueta da marca e são comercializadas em lojas sofisticadas da África. Peças do vestuário contemporâneo dividem espaço com lenços, bolsas, carteiras, sapatos, cintos e turbantes - que como os tecidos - são verdadeiras joias. Tal reflexo está na coleção "Palais des Sentimenets" que reluz o brilho das lantejoulas e cristais Swarovski iluminando florais e folhagens. Combinações inusitadas para uma natureza ímpar feita em padrões gráficos que ostentam tradição e fascina o Ocidente.
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